Ontem à noite fui ao teatro assistir a peça chamada SIMPLESMENTE EU – CLARICE LISPECTOR, no teatro Renaissance, em São Paulo.
É simplesmente maravilhosa. Não tenho outra palavra para classificá-la.
A peça foi adaptada, interpretada e dirigida por BETH GOULART. Eu sempre a considerei uma boa atriz, mas ontem foi a primeira vez que a vi nos palcos.
Para aqueles que já gostavam dos trabalhos dela na televisão, terão uma doce surpresa ao vê-la no teatro. Ela é um gigante na interpretação. De alma profunda, sensível e generosa, BETH GOULAR dá vida à CLARICE nos palcos.
O roteiro todo é citação de uma pequena parte dos textos elaborados por Clarice, pois sabemos que o acervo de Clarice é enorme. Porém, a escolha dos textos e a forma de levar ao público, parte desse conteúdo, foi criação de BETH GOULART, que mostrou uma verdadeira sensibilidade e profundidade tanto na escolha dos trechos, como na forma de interpretá-los.
Para os amantes da literatura e poesia, a peça é para se deliciar.
Longe de ser monótona e parada, dada a excelente interpretação, boa produção e jogos de luzes, CLARICE ganha vida de uma forma muito dinâmica e rica nos palcos.
Também não posso deixar de citar que BETH GOULART ao final da peça conversou com o público, interagiu e pediu para que as pessoas fossem mais amáveis umas com as outras, que colocassem mais amor em seu dia a dia, que fossem mais generosas com o mundo e as pessoas. BETH GOULART ainda mencionou que teatro é pura troca de energia e agradeceu a boa energia que o público havia transmitido a ela naquela noite.
Saí de lá encantada pela atriz e SER HUMANO, BETH GOULART. Este post é uma homenagem a pessoa dela e seu talento monstruoso.
Um pouco de Clarice Lispector:
Clarice Lispector (1920 - 1977), escritora brasileira de origem judia nascida na Ucrânia. Clarice Lispector (Tchetchelnik Ucrânia 1925 - Rio de Janeiro RJ 1977) passou a infância em Recife e em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em direito. Estreou na literatura ainda muito jovem com o romance Perto do Coração Selvagem (1943), que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha.
Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. Depois de uma longa estada na Suíça e Estados Unidos, voltou a morar no Rio de Janeiro. Entre suas obras mais importantes estão as reuniões de contos A Legião Estrangeira (1964) e Laços de Família (1972) e os romances A Paixão Segundo G.H. (1964) e A Hora da Estrela (1977). Fonte – Pensador.Info
Textos de Clarice Lispector:
“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”
“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. (Perto do Coração Selvagem)”
“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.”
“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.”
Sugestão:
Não percam a oportunidade de ver essa peça.
Beijos
Fiquei sabendo que essa peça é muito boa!!!! Que vale a pena...pena que não pude ir naquele dia...Bjosss Mari
ResponderExcluirAdorei Rô!!!! A peça e a companhia... Sempre muito bom estar com vc prima querida!!!!!
ResponderExcluirAhhh...e não poderia deixar de te dar parabéns pela criação do seu blog...escrever requer sensibilidade e coragem!!!Que vc possa cada vez mais evoluir tanto em uma como em outra...tenho certeza que seu blog te ajudará nisso e em muitas outras coisas mais!!!!!
Bjo grande da amiga, Elaine
Oi minhas lindas e amadas seguidoras..(Mariane e Elaine) ...rsss...Obrigada pelo carinho e pela confiança.
ResponderExcluirNão vou decepcionar meu público, mega vip...rs..
Beijos