sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Morte e Amor.

Olá, 

Vamos à postagem de hoje:

Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo. Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. 
A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo ‘clima’, certa ‘preparação’. Certa ‘grandeza’. Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente. E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo ‘eterno’) cotidiano. 
A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor. Porque o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma, dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma. 
O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade. Caio Fernando Abreu




É verdade, esquecemos que diante da morte e do amor, há a nossa patética fragilidade.

É importante tentar viver de forma leve e livre. 


É difícil e uma  busca diária isso.

Vamos procurar viver a vida.




Nossa existência tem que ser feliz e significativa, primeiramente para nós e, por conseqüência, para o coletivo.   


Ninguém  vai te fazer feliz se você não estiver feliz.



Beijos e até o próximo post


  

Um comentário:

  1. A morte como a conhecemos é apenas o fim da existência de um corpo físico. O amor é uma eterna lapidação, não do corpo, mas do espírito que o anima. A morte implica em passagem para outras paragens, mais ou menos sublimes, de acordo com a qualidade do amor que já temos na bagagem. Acorda-se com a morte para a verdadeira realidade do espírito, vestido tão-somente desse amor, tecido durante as vidas que tivemos, à espera de outras oportunidades de compartilhá-lo, única forma, aliás, de consolidá-lo.

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