quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Matuto – Morte e Vida.

Olá, 

Algumas vezes, apenas escrever expressa o momento.

Segue um dos meus textos.

Beijos e até o próximo post

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Rosto franzino;
Jeito matuto;
Docilidade no olhar;
De pele cansada;
Pés e mãos calejadas;
Trabalhador da roça;
Mineirinho de poucas palavras e de muita bondade;
De simplicidade rústica;
E nobreza na alma;
Segue em seu corpo mirrado;
E de baixa estatura;
Gigante na humildade;
Vive de bem com a vida, ainda que em seu leito de morte;
Este é o “seu Antônio”;
Grande figura que eu conheci em um leito de hospital.

(texto dedicado ao “seu Antônio”)


terça-feira, 26 de julho de 2011

DOM QUIXOTE - O SONHO IMPOSSÍVEL

Olá,


gostaria de compartilhar um dos meus textos preferidos, vejam abaixo.


Eu tenho uma visão muito particular a respeito do personagem DOM QUIXOTE. 


Ele é tido como louco, pois fantasia e até luta contra moinhos de vento, pensando ser um adversário poderoso.


Na minha opinião, ele sofre de tamanha lucidez, ao ponto de ter que fantasiar para suportar a realidade.


Isso é loucura ou lucidez?


Beijos e até o próximo post...
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O que importa é ser fiel à minha causa. 
Minha causa, a missão de um verdadeiro cavalheiro,
sua questão, seu ideal, seu privilégio!
 

 


Sonhar, mas um sonho impossível.
Lutar onde é fácil ceder,
Vencer o inimigo invencível,
Negar, quando a regra é vender.

Sofrer a tortura implacável,
Romper a incabível prisão,
Voar num limite improvável,
Tocar o inacessível chão.

É minha lei, é minha questão,
Virar esse mundo,
Cravar esse chão.
Não me importa saber
Se é terrível demais.
Quantas guerras terei de perder
Por um pouco de paz?

E, amanhã, se esse chão que eu beijei
For o meu leito e perdão,
Bom saber que valeu delirar
E morrer de paixão.

E, assim, seja lá como for,
Vai ter fim a infinita aflição,
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

(Trecho de O Homem de La Mancha, peça teatral
inspirada no livro Don Quijote de La Mancha, de
Miguel de Cervantes, produzida por Paulo Pontes
e Flávio Rangel, encenada em 1972-74, com Paulo
Autran como Dom Quixote. Versão das canções por
Chico Buarque e Ruy Guerra.) 

domingo, 17 de julho de 2011

O que é que nos define?

Olá, 

estava eu aqui pensando com os meus botões esse final de semana e resolvi compartilhar o meu devaneio com vocês. Sou amante dos questionamentos existenciais e filosóficos.

Então vamos lá: 

O que é que nos define?



Seria o local onde nascemos?
Nosso DNA?
A família?
A escolaridade?
As nossas experiências?
Nossos erros?
Nossos acertos?
Nossa profissão?
O que fazemos de bom?
O que fazemos de ruim?

O que é que nos define?



Será que apenas uma coisa nos define? Seria um pouco de todas elas?

Existe algo ou um momento tão diferenciado e singular que nos define?

Há algo em você ou na sua vida que te definiu? Definiu sua vida? Definiu você? Você é capaz de reconhecer?



Definimos-nos todos os dias?

O que é que nos define?



Façam seus comentários...compartilhe suas histórias, seus momentos de definição, suas experiências... 




Beijos e até o próximo post...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Toda unanimidade é burra. E eu explico...


Olá,

Esse último mês, várias situações, em várias áreas da minha vida (comigo e com outras pessoas), fez com que eu refletisse a respeito da frase clássica do meu amado e imortal NELSON RODRIGUES: “Toda unanimidade é burra”.

Máscaras de si mesmo!


Ou...falta de conhecimento de si???

Fiquei pensando a respeito das pessoas que sempre acham que estão certas e que sua verdade é absoluta.


Vale dizer que eu também me enquadro nisso. Aliás, eu, você, o vizinho, o cara lá do outro lado do mundo, enfim, todo mundo. É... uns mais, outros menos, mas isso serve para todos.


Quantas vezes não conseguimos reconhecer ou admitir para nós mesmos que somos falhos em algo, que precisamos melhorar em tantas outras, ou até nos enganamos?

Só que é importante lembrar que as pessoas nos enxergam muito mais que nós mesmos algumas vezes, principalmente se você não tem uma autocrítica razoável e não exercita o autoconhecimento.
Vale se enganar?

Sem contar, que toda argumentação e opinião valem à pena serem ouvidas. Digo melhor, valem ser objeto de reflexão, ainda que seja para serem descartadas parcialmente ou totalmente.

Não há verdade absoluta. Em um conflito, por exemplo, nem um dos lados está 100% correto em suas argumentações. Às vezes, é só uma questão de ângulo.


Em uma história de dois lados, há sempre um terceiro. Não é o meu ponto de vista 100% correto e também não é o seu. Você pode até, em determinadas situações, estar correto 99%, mas jamais 100%.

Quem perde por se prender apenas na própria verdade, na própria opinião, em achar que sabe tudo, é a própria pessoa.

Afinal, o que há de inteligente na unanimidade? Se todo mundo pensar igual, se você está sempre certo, o que será construído de diferente? O que será produzido de novo?


As mesmas premissas e as mesmas bases produzem sempre as mesmas idéias e atitudes.

A unanimidade imposta pela nossa própria arrogância ou limitação (falta de visão de si mesmo) traz pobreza de reflexão e, por conseqüência, estagnação na evolução, na minha, na sua, na nossa evolução enquanto pessoa.


Por isso, uma dica...reflita...escute...abra sua mente...nenhuma verdade é absoluta, nem mesmo a sua...ou principalmente a sua, a minha, quem sabe a nossa.

Beijos e até o próximo post...


sábado, 2 de julho de 2011

Filme – GAROTA DA VITRINE

Olá,

Gostaria de indicar um filme que eu assisti esses dias – GAROTA DA VITRINE.

Título original: (Shopgirl)
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção:Anand Tucker
Atores:Steve Martian, Claire Danes, Jason Schwartzman, Bridgette Wilson.
Duração: 104 min
Gênero: Drama

(Fonte: www.adorocinema.com)

Embora classificado como drama, não tive essa percepção não.

Também não vou dizer que o filme é um romance, pois não é. Encontrei o filme também classificado, na internet, como comédia. Não achei que é comédia não. Conclusão, não consegui definir o gênero, mas não importa.

O filme trata a relação afetiva de uma forma muito realista. Não é aquele tipo de filme que o final feliz é aquele idealizado. É feliz, mas dentro de um contexto real.

O filme me chamou muito a atenção, por isso resolvi indicar. É um pouco parado, mas o filme é ótimo.

Eu diria que é um filme bem corajoso, pois ele mostra e muito, uma realidade que, de fato, acontece.

Ele mostra que algumas vezes, algumas pessoas, buscam em um relacionamento, o status, o que a outra pessoa pode representa e proporcionar.

Muitas vezes os relacionamentos não estão fundados nas próprias pessoas, em sentimentos reais.

Ele mostra pessoas querendo se relacionar com homens ricos por interesse e homens ricos que não se permitem amar, mulheres de origem humilde.

Na história do filme, o Steven Martin deixa de ficar com uma vendedora de loja, para ficar com sua ex-namorada médica ginecologista, por mero status.

Ele preferiu ficar com a ex que não amava, por um certo padrão, deixando de lado a mulher que realmente ele amava.

Há parte de nós e das pessoas que não queremos conviver, mais do que isso... reconhecer.

Só que o verdadeiro amor não seria acolher essas partes e suplantá-las?

É muito utopia da minha parte?

Beijos e até o próximo post