terça-feira, 1 de outubro de 2013

Supera - suporta e entenda - Caio Fernando de Abreu

Supera - suporta e entenda - Caio Fernando de Abreu

Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. 

Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem.

Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. 

Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. 

Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. 

Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. 

Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? 

Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. 

Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. 

Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem. 

(Caio Fernando de Abreu)

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domingo, 11 de agosto de 2013

Quando eu saí de casa e minha relação com o meu Pai! E pirinquanto...


Começo dizendo que quando eu tinha mais ou menos 04(quatro) anos, em uma reunião em família, minha mãe disse:

Menina, eu mando em você viu? E ela conta que eu respondi... “pirinquanto”.... de por enquanto... (risos).

A verdade é que o meu pirinquanto durou até os 30(trinta) anos de idade quando eu saí de casa.

E aí entra meu Pai...



Meu pai sempre foi um pai muito amoroso e presente. Viveu a vida pelos filhos. A vida dele era a nossa. A felicidade dele era a nossa.

Lembro-me de não ter ainda 5 anos e já sair com ele aos sábados de manhã para ir à feira, ao mercado, padaria, eu e os meus irmãos. Era muito gostoso.

Só que ele também era muito superprotetor e controlador. Fato! Eram suas características também. Assim como a inteligência e a sensibilidade. Um homem sério e de poucas palavras.

Várias vezes ele me disse que eu era uma pessoa muito sensível, emotiva e de espírito livre.

É... nossos pais nos conhecem mais que nós mesmos.

Tudo verdade. Principalmente, espírito livre. O que nunca quis dizer desapego as minhas raízes e as pessoas.

Sempre fui mais independente e embora ame as pessoas, sempre gostei de viajar sozinha, ir ao cinema sozinha, ficar sozinha... sempre tive um “q” de ermitão. E o mais engraçado que ele também era assim.
Bom, enfim chegou uma hora que eu precisava viver a vida que eu queria.

Não concordava com algumas coisas, mas enquanto estava dentro de casa, sempre respeitei e fiz tudo do jeito dele. Por puro respeito. Sempre achei que se a pessoa quer mandar na própria vida, fundamentalmente tem que se bancar, especialmente, financeiramente e emocionalmente.

Sempre achei errado dizer a vida é minha, estando na casa dos meus pais. Então, nunca disse e raramente contrariava.

E em 2007 eu saí de casa para morar sozinha. Fiz 4 anos de terapia antes para ter a coragem de fazer algo que eu sabia que iria contraria e muito meu pai. Eu sempre soube que isso acabaria com ele e também comigo.

Só que eu precisava disso na minha vida. Precisava da experiência de morar sozinha. Eu sempre disse que era uma necessidade da minha alma, até antes de decidir um dia ter um marido e uma família. E assim aconteceu. Eu precisava me encontrar. E cada um é cada um. O que serve para mim, não necessariamente serve para você.

Quando saí de casa, confesso que não fiz do melhor jeito. Só que até hoje, quando penso em outra forma, ainda não consigo enxergar outra.

Meu pai ficou 10 (dez) meses sem falar comigo. Eu ia a casa dele e ele não falava comigo. Isso me matou.

Ele sempre achou que filha mulher só poderia sair de casa, casada e que eu sair era virar as costas para ele e para família.

Nunca foi isso.

O que ninguém sabe é que nesse primeiro ano que saí de casa, eu fiquei com uma profunda depressão. Precisei tomar remédio. Nunca foi como todos possam ter imaginado e principalmente ele, ou seja, que ele estava arrasado e eu super feliz curtindo a vida como louca.

Quando tomei essa decisão, eu sabia que seria assim, tanto para ele como para mim.

E, mais ou menos 4 anos depois disso, meu pai ficou doente. Foi internado correndo. Foi diagnosticado com câncer terminal, nível 4. Não tinha absolutamente nada para fazer por ele.

Ele foi internado e depois de exatos 30 dias, ele faleceu.

Tirei minhas férias e mais dez dias de licença para ficar tempo integral com ele.

Foi a minha melhor decisão. Nesse tempo, reestabelecemos a relação, de uma forma muito intensa.



Mesmo não achando que fiz nada de errado em sair de casa, pedi perdão para ele, pois achei que talvez para ele, isso fizesse a diferença. Ele não disse nada, simplesmente me olhou com olhar típico dele, como se dissesse, não fala besteira. Não precisa me pedir perdão de nada.

Para completar, no meio de toda essa história, a vida me pregou uma peça. Uma peça que foi uma benção e uma lição.

Descobri que estava grávida em um dia e no outro meu pai faleceu. Uma benção porque meu filho não é nada mais do que uma benção, ele é minha vida. Uma lição, pois depois de ser mãe tive a capacidade de entender melhor meu pai e toda a mágoa dele.

Hoje, não mudaria minha decisão, mas faria muita coisa diferente. Não deixaria nada me afastar dele. Teria ido ver ele tantas vezes fosse... mesmo ele sem falar comigo.

Teria capacidade para saber que mesmo ele querendo me matar, continuava me amando incondicionalmente. Teria mais sensibilidade. Seria menos orgulhosa. Menos turrona.

Tenho mais dele do que podia imaginar. Sou muito parecida com ele na criação do meu filho e no meu amor por ele.

Já estou me preparando para o dia em que meus filhos me digam: Vou morar fora. Vou morar sozinho. Enfim, vou viver minha vida.

O desapego para aceitar deve ser enorme. Com certeza, isso não é fácil para um pai e uma mãe, embora seja sinal de maturidade e boa educação. Afinal, temos que criar os filhos para a vida e não para nós.

Penso que quando um filho é independente e consegue viver a própria vida, é a certeza de que criamos bem.

Nunca deixei de amar meu pai e nem de reconhecer tudo que ele fez por mim.

Quando ele estava no hospital tive a certeza de que ele sempre soube disso.

E em um dia qualquer nessa temporada de hospital, eu me despedi dele dizendo, te amo. E ele me respondeu.... me too.

E esse me too ecoa até hoje nos meus ouvidos, no meu coração e na minha alma.

Hoje eu digo para você pai: ME TOO.

Feliz dias dos Pais.


Com amor Roberta.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A manifestação que perdeu a razão!


Quem nunca ouviu uma vez na vida se quer: Você está certo, mas perdeu a razão quando...  

Pois é! Atrevo-me a fazer essa comparação em relação as manifestações na Avenida Paulista que tem como bandeira, o protesto quanto ao aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô na capital paulista.

Eu sou super partidária da liberdade de expressão, das manifestações, dos debates, das negociações, da democracia e tudo mais.

Vou além, eu, com formação acadêmica em Direito, veia de escritora e quase artista (brincadeira...só fiz um ano de curso de teatro, mas não continuei) carrego na alma a necessidade de me expressar e o viés do debate e porque não dizer do inconformismo diante de tantas coisas erras, injustas e cruéis que acontecem.

Tenho, inclusive, um saudosismo, de uma época não vivida por mim. Os anos 60(sessenta)! Exclusivamente, por ser uma época em que os estudantes do Brasil iam às ruas!

Muita coisa melhorou por conta dessa época tão rica de manifestações. Também não vou florear dizendo que era perfeito. Existiram muitas confusões entre  manifestantes e policiais/governo (indo até além disso).

Só que a verdade sempre tem três lados. A minha, a sua e uma intermediária, afinal, ninguém é de todo certo ou de todo errado.

Acredito, de coração, que falta um pouco disso no cidadão brasileiro de hoje. É, reivindicar por algo melhor, se rebelar contra os abusos e até contra o sistema, por que não? Só que de forma inteligente, pacificadora. Vamos lá! Por favor! Podemos ser pessoas melhores do que isso que presenciamos nas duas últimas manifestações.

Violência? Ah não, nada justifica a violência. Nem por parte dos manifestantes e nem por parte dos policiais.

É evidente que tais manifestações perderam seu foco e sua razão de ser.

Hoje, o céu amanheceu triste para mim e para muitas pessoas, com imagens e fotos marcantes de vandalismo e violência mútua entre manifestantes e policiais.


Por acaso, estava na Avenida Paulista ontem e de onde estava, tive a nítida sensação de que estava acontecendo uma verdadeira guerra.

Coisa triste de se ver, de se ouvir e se ler.


Façam manifestação. Abusem do direito de expressão, só não abusem do direito do próximo.

Os fins, nunca justificaram os meios.


Beijos e até o próximo post.      

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O golpe e o perdão!


O golpe e o perdão!

O guerreiro da luz tem a espada nas suas mãos. É ele quem decide o que vai fazer, e o que não fará em circunstâncias nenhuma.

Há momentos em que a vida o conduz para uma crise: ele é forçado a separar-se de coisas que sempre amou; então o guerreiro reflete. 

Verifica se está cumprindo a vontade de Deus, ou se age por egoísmo. 

Caso a separação esteja mesmo no seu caminho, ele aceita sem reclamações. 

Se, entretanto, tal separação for provacada pela perversidade alheia, é implacável na sua resposta.

O guerreiro possui o golpe e o perdão. Sabe usar os dois com a mesma habilidade.


Manual do Guerreiro da LUZ - Paulo Coelho