quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A tortura da ditadura da beleza!

Olá,

Todos nós somos escravos da ditadura da beleza, seja pouco, seja muito, seja consigo ou com os outros.

INDICO ESSE LIVRO. MUITO BOM.

Eu explico!!!

No final do ano, eu fui a um aniversário e lá estavam, dentre outros convidados, 04(quatro) meninas, sendo 03(três) delas com 11(onze) anos e uma delas com 16(dezesseis).

Todas elas quase mulheres feitas. Todas bonitas.

Então, como estava próxima da rodinha delas, acabei escutando a conversa. Das 04(quatro) meninas, apenas uma tinha o cabelo encaracolado e era meio morena. As demais, cabelos lisos, branquinhas e altas e magras.

Uma pessoa parou na roda e disse: Nossa! Como vocês cresceram e estão lindas.

A menina de cabelo encaracolado respondeu: Elas, né? Eu não. Olha o meu cabelo. Ele não é bonito. Ele não é liso.





Notem que a menina não respondeu isso por futilidade, mas sim porque, aos 11(onze) anos, já se acha feia, por estar fora dos padrões colocados pela maldita ditadura da beleza.

Não que eu, você e o outro lá na frente não tivemos nossas crises na adolescência, nossos complexos.

Só que acho que por estar bem mais velha, estar relativamente madura em alguns pontos (amadurecer é até o último dia de vida), eu olhei aquilo com uma grande tristeza no coração.

Poxa, uma menina de 11(onze) anos se sentindo inferior, com complexo, como ela chegará à adolescência? E na fase adulta? Sabemos que as pressões e as cobranças são maiores e se ampliam para outras mil coisas.



Tá certo, nós temos que transcender isso tudo. Tá certo tem que explicar para si e para todos que somos mais do que temos e somos mais do que nossas aparências e corpos.

Só que não é fácil, com tanta mídia, com tanta coisa, com tanta expectativa dos outros e nossa...

Bem, eu entrei na conversa e disse: De jeito nenhum, você é linda também. Seu cabelo também é lindo, só é diferente.

Ela respondeu: É nada.

E por mais que eu dissesse nada tocava o coração dela.

Sai de lá profundamente triste. Aliás, até hoje quando me lembro da expressão dela, eu fico.

Fico triste por ela, fico triste por mim, fico triste por você e por todos nós.

É muito duro e sofrido não se aceitar.

O exercício da aceitação não é simples, não é fácil, é eterno, é diário, mas é necessário para ser feliz.

Aceitação...vamos exercitar. Eu tenho mil coisas para aceitar, você mais mil...o outro mais mil...então é melhor começar.

Em outra postagem eu vou falar de anorexia e bulimia. Muito preocupante.



Beijos e até o próximo post...

Um comentário:

  1. ótimo post!
    que maravilha é fazer as pazes consigo mesmo!
    Aceitar-se é o primeiro passo.
    daí, acontece tudo naturalmente: aceitar sua pele, cabelo, defeitinhos...defeitões...
    até finalmente surgir a descoberta do seu estilo pessoal.
    é Libertador!
    (não deixe q essas deliciosas descobertas demorarem muitos anos, confesso que perdi uns 30 anos...até me libertar de mim mesma!)

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