quinta-feira, 10 de março de 2011

O FIM NÃO TEM UM PORQUÊ!

Olá,
Mais um texto de Roberto Hoven.
Beijos e até o próximo post...

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Hoje à tarde eu estava pensando num artigo para o Blog, cujo tema é “Você tem medo do quê?”
Só que, buscando as palavras para dar vida à inspiração, não sei por qual motivo, lembrei de um texto do Fernando Pessoa que está intimamente ligado com o que eu pensava em escrever.
De fato, parece que o medo – e já falei isso antes – nada mais é do que uma lembrança ruim do passado que insistimos em viver no presente e projetar para o futuro.
Assim, a única forma de acabar com o medo, é mesmo saber encerrar os ciclos, saber quando algo chega ao final.
Mas, o grande problema disso, é que, invariavelmente, no mais das vezes, permanecemos patinando sem chegar ao fim. Por quê?
Porque insistimos em responder a uma pergunta sem resposta: Por que tal coisa aconteceu? 

E enquanto a resposta não vêm, a gente fica travado e a vida passa.
Pensar nos porquês do fim, além de ser um desgaste sem tamanho, não nos deixa progredir.
Como é que vamos dar chance para o novo, se não conseguimos nos livrar do velho?
Bom. E qual é o segredo para ajustar isso? Olha, não há fórmula. Cada um tem o seu time.
Mas, eu particularmente, acho que o único caminho é colocar na cabeça que o que passou não volta mais!
Mais do que isso, é fazer questão – e ajudar se for o caso – de mandar tudo o que é recordação embora.
Fotos, presentinhos, mimos, cartinhas, bilhetinhos, cartõezinhos, florzinhas secas e etc...pro lixo!


Radical? Não, se pensarmos que tudo que é visível, não passa de uma manifestação do invisível.
Se desfazer dessas lembrancinhas é limpar a alma, abrir espaço no coração e principalmente deixar de buscar uma resposta que nunca virá.
Da mesma forma, e como bem falou o grande Fernando Pessoa, “não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.”  Isso é autoflagelação.
Se um dia você imaginou que NÃO podia viver sem determinada pessoa, saiba, agora, que ninguém é insubstituível ou tão necessário, a ponto de fazer com que você pare de viver!

Beto Hoven

3 comentários:

  1. Eu tinha um amigo que dizia: o ser humano tem um mal e uma benção e ambas se chamam memória!

    Enquanto benção é a memória que, lembrando de más experiências, perigos e sucessos te permite se afastar do que é nefasto e seguir aquilo que lhe for benéfico.

    Enquanto mal, a memória cria apego: é ela quem faz vc viver no passado em busca dos bons momentos que se foram, dos amores que não mais existem, dos sabores que provou e, igualmente, é responsável pela ausência de perdão.

    Como dizia minha mãe: águas passadas não movem moinho!

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  2. Na minha opinião, o que passou não volta.

    É preciso estar liberto do passado para viver o presente e construir o futuro.

    Longe de mim, tirar o valor e os méritos das pessoas que passaram na minha vida, mas penso que se não ficaram (sejam os motivos que forem, seja por culpa compartilhadas) é porque não era do meu caminho.

    O que é do nosso caminho vem limpo, flui naturalmente, não traz angustias, não traz insegurança...não traz dúvidas e incertezas...simplesmente é...é por ser...sem muita explicação...

    Isso vale para todas as áreas de nossas vidas...

    bj

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